27/08/08

600 anos do Tribunal de Contas em Arquivo

(in blog Gente de Lisboa)

Nesta mensagem não digo nada de novo, pois o Jornal de Notícias online, na edição de 27 de Agosto, já fez a sua divulgação, mas há notícias sobre as quais gosto de falar, como se estivesse a tomar um café com amigos.

O que me agradou foi que a notícia, a propósito dos 600 anos de História do Tribunal de Contas, dá destaque positivo ao papel dos arquivos, cuja vertente vai para além da arquivística e passa também por um papel museológico, neste caso concreto, vivido pelo Departamento de Arquivo, Documentação e Informação (DADI) desta instituição.

Esta instituição é a sucessora da Casa dos Contos (séc. XIV), que no séc. XVI foi designada por Contos do Reino e Casa, para ser conhecida por Erário Régio entre 1761 e 1832. A sua actual designação foi atribuída em 1930.

Para saber mais sobre a sua evolução pode aceder ao site do próprio Tribunal de Contas, onde também está acessível mais informação sobre o funcionamento da Biblioteca. A propósito desta notícia, fiz mais pesquisas no site desta instituição, onde descobri o link de acesso à Exposição Virtual "Contas com História".


Para além dos documentos, o DADI preserva igualmente peças de mobiliário emblemáticas, como a cadeira de braços onde o Marquês de Pombal se sentaria aquando no exercício das suas funções de Inspector-Geral do Erário Régio. Também é dado destaque à caixa do correio expressamente utilizada, no século XIX, para a correspondência dirigida ao Tribunal de Contas, em mogno polido, com mais de metro e meio de altura e é atribuída à marcenaria Vítor de Alcântara Knotz.

Outra das vertentes do acervo do Tribunal de Contas diz respeito a inúmeros documentos de época, alguns deles de surpreendente beleza plástica como são os casos de algumas amostras de cetins lavrados, fios de seda, de espiguilho etc, oriundos da Real Fábrica das Sedas, do Rato, criada no tempo de D. João V.

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