Na última edição da Visão (765 de 31 de Outubro) - e não, não tenho acordo de publicidade com a revista - foi publicado um artigo intitulado "A lição dos bons professores". Resumindo, o artigo destaca os professores que com "paixão, empenhamento e dedicação", fazem parte daqueles que não se deixam desanimar, destacando-se nas suas áreas como professores que são capazes de tornar a Matemática, a Físisca ou o Português tão aliciantes quanto um filme de BD, "agarrando" os alunos à tela que vai passando a matéria.
Nestes tempos tão críticos e duros para a imagem dos Professores, este é certamente um elegoio à profissão, um incentivo àqueles que tomam conta dos nossos filhos enquanto nós trabalhamos enquanto eles preparam-nos para o futuro.
E fica aqui um levantar de véu: serei eu enquanto encarregada de educação permissiva demais com a minha filha quando ela entrar na escola? Não sei, nem sei se serei daquelas mães que acham que a filhota já tem trabalhos de casa a mais, que o professor é exigente demais, que não tem razão porque a minha filha é um anjinho... Não sei, mesmo! Espero na altura conseguir recordar o que os maus pais me diziam através das suas atitudes: se não me fez mal nenhum e até forma benéficas todas as exigências por que passei nos estudos (que mesmo assim eles acharam que foram poucas), fará mal a uma filha minha?
Certamente que há pais com experiências negativas com os professores e ao contrário também, alunos que se aproveitam disso para alimentarem ainda mais essa cisão... pelos nossos filhos e porque os professores são aqueles a quem deixamos os nossos filhos enquanto trabalhamos, para os preparar para o futuro, não será melhor antes de partir para medidas drásticas dialogar. Pois certamente todos - pais, professores e alunos - não são donos da verdade e do que é melhor, sendo por isso comum errarem. A questão é, se admitimos os nosso erros para os corrigir e evoluirmos?
Muitas questões se levantam para pais, professores e alunos, mas fico por aqui pois este blogue não é de testamentos. Espero que as dúvidas que eu tenho e as questões que coloquei sirvam para mais pessoas reflectirem e que estas dúvidas e reflexões me acompanhem quando me vir perante a situação de ver quem tem razão: eu, a minha filha ou o professor?